segunda-feira, 2 de julho de 2012

RESENHA: Marreco's Fest 2012


Por  † Alesson lLasombra †,


   O Marreco’s Fest foi um evento cultural anual voltado para o underground, que começou em 2001 com a união de alguns poucos amigos e se tornou um dos maiores eventos de Metal do Centro Oeste. Idealizado pelo músico e produtor Fabio Marreco, o primeiro encontro trouxe várias bandas da cidade, amigos e familiares para uma pequena comemoração que somada a crescente carência de shows de Heavy Metal e um pequeno público, que se multiplicou em poucos anos, fez nascer o maior evento de Heavy Metal do Centro Oeste o Marreco’s Fest.
   Com o crescimento do público e com shows de qualidade o Marreco's Fest serviu de vitrine para excelentes bandas do cenário brasiliense formando legado glorioso e de valor trazendo para seus palcos nomes como Almah, Mystifier, Uganga, Violator, Khallice, DFC, Slug, Deceivers, Harllequin, A.R.D., P.U.S, Cadabra, Valhalla, Elffus, além das atrações internacionais, como Tim Ripper Owens, Omen, Steve Grimmett, Strikemaster ,Jess Cox, Hirax, Rage, Bëehler, afora mais de 100 atrações de Brasília. No ultimo dia 15 e 16 de Julho aconteceu em Brasília a 11°edição do  Marreco's Fest e a equipe do MP esteve lá para conferir.

15 de Junho de 2012: Um aglomerado de Banguer's aguardava, ansiosamente do lado de fora do Cine Drive in, no coração de Brasília, para adentrar o evento quando os riffs do Grave passando o som soaram lá de dentro. Com uma excelente estrutura, parte do Cine Drive-in foi cercado para abrigar uma  multidão, com  banheiros químicos bem localizados , área de alimentação com bar e coberta por uma enorme tenda de circo que abrigaria boa parte do público caso fosse preciso, a estrutura se consagrava com dois excelentes palcos que prestavam homenagem respectivamente á  Randy Rhoads (foi um guitarrista norte-americano famoso pela participação nos álbuns Blizzard of Ozz e Diary of a Madman com Ozzy Osbourne. Foi considerado o 36º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Origem: Wikipédia) e Chuck Schuldiner (foi um músico estadunidense. Ele é conhecido por ter sido o líder, cantor, guitarrista e principal compositor da banda Death, fundada por ele em 1983 com o nome de Mantas. Bem depois, em 1998, ele fundou a banda Control Denied. Foi, também, um grande inovador e o pioneiro do death metal (embora a criação do gênero possa ser atribuída a algumas bandas que precederam o Death e Mantas) e foi um dos guitarristas de heavy metal mais influentes da história. O Death foi uma das primeiras bandas a implementar a estrutura do jazz no death metal.Chuck também é conhecido como Mr.Scarlate. Origem: Wikipédia). 



A primeira banda abrir o evento foi o True, que veio de Curitiba-PR , lançando seu novo álbum " Riders of Doom" . O True mandou um som extremamente pesado com faixas marcantes do novo álbum tão esperado. Trazendo uma mistura de Thrash/Death a banda conseguiu uma boa aceitação e esquentou a noite fria, levantando o público com batidas insanas e Riffs pesados. Sequenciando o True no palco vizinho começava quase que sem intervalo o Skrok, vindo do Maranhão o Scrok trouxe um Thrash de pura qualidade mantenho o sangue do publico aquecido e a empolgação lá no alto.  Com solos bem executados e riffs poderosos o Skork trouxe  a certeza que se confirma em vários eventos, o Nordeste também faz Metal, e dos bons. 


Novamente mudando de palco, era a vez do Denied Redemption, banda da casa, a primeira banda de Brasília a tocar na 11° edição do Marreco’s. A horda trouxe aspectos peculiares, pentagramas e castiçais em chamas, assim traziam uma atmosfera sombria, diferente de tudo que já tinha passado por ali. Com um repertório de honra o DR declarou a noite profana e trouxe ao público um excelente show, com uma musicalidade única. Músicas bem executadas, excelentes vocais e riffs extremamente pesadas e assim a banda conseguiu trazer um Black Metal que agradou a todos os fãs do estilo ali presentes. O evento seguiu com Device, banda que segue a linha voltada para o Death/Thrash, também de Brasília divulgando seu último trabalho “Antagonistic”. Com um vocal respeitável, uma música rápida e uma excelente presença de palco, o Device levou animação e empolgação ao público, cumprindo seu dever de forma impecável e majestosa.

Pouco depois das 22:20, entrou em cena a primeira banda internacional do evento, o Grave. Direito ao ponto seria uma boa discrição para explicar o Grave.  Munidos de muito peso e glória o Grave tomou o palco com um público já aquecido, que foi a loucura com os acordes insanos e as batidas explosivas que trouxe o quarteto Sueco. Uma boa apresentação sem muitos rodeios e direta como o estilo praticado pela banda.
Seguindo o Cronograma do evento subiu ao palco o Omfalos, banda de Brasília que vem ganhando espaço no Brasil tendo seu trabalho bem elogiado em vários sites e zines de nação banguer. O som do Omfalos é inovador e realmente marcante trazendo elementos que vem do Black Metal e vão até o Industrial, com excelente presença de palco. O Omfalos executou músicas do seu recente álbum “Idiots Savants” com um experimento chocante e completamente chamativo, trazendo animação ao público Omfalos fez uma ótima apresentação.




 Pouco depois da meia noite subia ao palco a segunda banda internacional da noite, e a ultima banda do dia, o esperado Samael. Diferente do comum, a bateria foi montada de lado, com o teclado à frente. Um modelo pouco visto, mas interessante. Dessa forma, Xy se dividia entre a bateria e o teclado com o restante da banda à sua frente. Logo com a primeira música, uma surpresa. Algumas pessoas tinham uma expectativa de um show com uma pegada mais "dançante" devido às músicas da banda, mas o que se viu o oposto disso. Do início até o fim, todas as canções foram executadas com grande peso e intensidade. Apesar da maioria do setlist ser composto por faixas do recente álbum, Lux Mundi, o passado não foi colocado de lado. Faixas como Into The Pentagram, do primeiro álbum, e Ceremony of Opposites, de 1994, como Baphomet's Throne e a música título também foram apresentadas, para a alegria dos fãs de longa data que talvez não esperassem que elas fossem tocadas. Destaque para empolgação do baixista Mas que agitou o público pulando e batendo cabeça por todo palco fazendo muitos ali cantarem a baterem cabeça com a banda. Uma apresentação excelente com repertório bem executado e um público considerável, fechando assim o primeiro dia do Marreco's fest 2012.
Destaque para estrutura dos dois palcos colocados um ao lado do outro que permitia uma banda se preparar enquanto a outra tocava, fazendo assim uma troca de banda rápida e eficaz que não deixava o publico esperando. O som era de excelente qualidade, como costuma ser o Marreco's, tendo em vista que uma das razões do festival é dar a oportunidade de bandas underground tocarem em estruturas dignas, que nem sempre é realidade no DF.


16 de Junho de 2012: Um Sábado frio e com pouca chuva, com pouco público, subiu ao palco o Armum banda de Goiânia que trouxe um excelente Death Metal, com um repertório bem montado o Armum fez um bom show, infelizmente para um publico ainda pequeno.


Na sequencia, subiu ao palco o Apex X and the Neanderthal Dead Squad banda que não intriga só no nome, mas também na sonoridade. De Brasília com músicas extremamente bem executadas e um repertório recheado de temas como quadrinhos e filmes, a banda mostrou sua originalidade mandando um belo show, infelizmente para um público pequeno também.
Pouco depois era vez do Firce Fire mostrar seus acordes, munidos de muito peso e dedicação, o Firce Fire trouxe um heavy metal puro e direto, exatamente como a proposta da banda , conhecida por fazer excelentes covers do Metallica a banda subiu ao palco animando o publico ainda era pequeno e tímido, trazendo uma excelente apresentação com musicas autorais de extremo peso e qualidade.
Seguindo a agenda era vez do Big Balls que trouxe cover do dinossauro AC/DC. Caracterizados e com muita empolgação o Big Balls adentrou a noite trazendo a essência do puro Rock and roll, com músicas clássicas que fizeram o público, embora com poucos presentes, cantar com a banda. Com músicas extremamente bem executadas a banda trouxe com respeitada performance o álbum Back in Black.
No outro palco era a vez do Bruto, banda reconhecida em Brasília, que traz um som característico do nome, BRUTO! É um amálgama de Death, Thrash e Hardcore cantado em português e cheio de atitude, foi o que mostrou no palco e fez o publico vibrar, bater cabeça e cantar, ótima apresentação do quinteto brasiliense.


Seguindo a noite entrou no palco o Totem, banda da casa, onde toca o guitarrista Fabio Marreco, também idealizador do evento.
O Totem segue sua linha, mandando um Heavy Hard com influencias diversas o Totem levou um som peculiar, com a conhecida performance do vocalista Regis que faz o público sentir todo sofrimento, amargura, felicidade ou tragédia que a música do Totem passa, com letras cantadas em português e extremamente bem desenvolvidas de  uma forma poética e metafórica, o Totem fez um excelente show que deixou o público aquecido para o Krow que já subia no outro palco.
      A banda mineira subiu ao palco mandando um som direto, como um soco na cara, fazendo ferver o sangue dos presentes, que ainda que poucos estavam animados.
Seguindo a linha Death com influências do Thrash a banda Krow mandou um excelente repertório com músicas do recente álbum “Traces of the Trade”, destilando riffs poderosos e batidas pesadas simplesmente inesquecíveis, fazendo uma verdadeira sinfonia de peso, mostrando qualidade e musicalidade oferecendo um show excelente.



Por volta das 20:30 da noite de Sábado era a vez da banda Iron Maythem apresentar seu show trazendo novamente ao palco Fabio Marreco e como  repertório o clássico “Killers”, do Iron Maiden. Executado na integra aos presentes, nos brindando com uma ótima qualidade de apresentação. No outro palco subiu o The Pumpkins trazendo uma homenagem bem executada ao Helloween. 



A banda Khallice, de Brasília, trouxe uma apresentação honrosa, fazendo uma homenagem ao Dream Theater e arrancando palmas do público.

Logo em seguida subiu a banda Dyanhead também de Brasília , trazendo ao público faixas do seu novo álbum “Youniverse” executadas com categoria e a qualidade já esperada por essa banda composta por excelentes músicos.
Pouco antes da meia noite o Raven, banda Inglesa subiu ao palco para mostrar o porquê veio. 


Como uma energia surpreendente o trio inglês mandou clássicos repletos de peso e categoria, clássicos que fizeram a banda se consagrar como Live at inferno, Take Control, Rock until you drop e Mind over Metal. Com uma excelente musicalidade e vigor de adolescentes o Raven brindou seu público com uma lição de como o Heavy metal deve ser, dando uma aula de atuação mostrando aos presentes que o Heavy Metal ainda vive, e esta forte, como se fosse um jovem garoto rebelde...





Com certeza mais uma edição do Marreco’s Fest para ficar na memória, um espetáculo que marcou a história da capital, como já esperado. Esperamos por santo Dio, que o final apocalíptico não aconteça, que o Marreco’s Fest retorne das cinzas com vigor e com um novo legado, oferecendo como sempre, espetáculos para marcar a Capital Federal.


                                                                                   


Revisão: Willian Freitas

1 comentários:

Edo Virgolim disse...

Morre Não Marrecão!!

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