domingo, 25 de setembro de 2011

RESENHA: Judas Priest & Whitesneake


Por Alesson Campos

Quinta feira,dia 15 de Setembro de 2011, A multidão headbangueriana presente no Nilson Nelson aguardava para ouvir o Gigante Judas Priest.

       Fui par ao Nilson Nelson pronto para ver um dos maiores espetáculos da minha vida. Dizia-se que ali estavam presentes pouco mais de 08 mil pessoas, era visível que quando começou o Show do Whitesnake  1/3 dessa galera não estava lá. Talvez pelo inicio prematuro show de quase 30 minutos  o que fez muitos correrem mas ainda  assim deixando aquela sensação de que faltava muita gente.
         O Whitesnake fez o que veio fazer ,abrir um show e  não teve muito destaque no meio do quais muitos (até eu confesso) esperavam. David Coverdale não tem conseguido lutar conta o tempo, como os grandes vocalistas que tem passado pela Capital Federal.


Muitos murmuravam sobre o quanto diferente estava sua voz, sobre o quanto mudou,  nada perto do que era nos anos de Deep Purple, tenho que admitir que compartilho dessa visão.
       Apesar de tudo foi um show marcante, movido pela energia da banda e das grandes pancadas de Brian Tichy na bateria.Pegadas pesadas e enérgicas com direito a chuva de baquetas  que iam bem alto. Um drinque dedicado ao público, Coverdale provou da cachaça brasileira.
          Nas primeiras canções Coverdale foi acompanhado por palmas no alto de grande parte pelo menos dos presentes lá na frente.Logos os ritmos mais lentos trazem uma noite de estrelas clareando a escuridão do ginásio com celulares e câmeras com flashs incontáveis.  Whistesnake trouxe sua arte de invocar nostalgia. O show marcava o público a cada música, arrancando sorrisos e nostalgia de quase todo. Coverdale chamou pela galera a cada música, a cada refrão foi correspondido com muito respeito.Os solos de guitarra tanto de Reb quanto de Doug fizeram o público delirar. Os riffs pesados eram acompanhadas de muito malabarismo na bateria, sem perder o ritmo, Brian deu um show a parte.Depois de tocar Forevermore ,música do seu mais recente álbum, décimo segundo da Carreira, a banda sai do palco e apenas os guitarristas voltam para duelar com riffs poderosos.
        O público encantado gritava. Os solos arrancados dos dois guitarristas trouxeram Love will set You free invocou pulos e gritos do público. Cabeças batiam e enquanto o sangue esquentava os olhos se atentavam a um dos solos de bateria mais espetaculares que eu já presenciei. Brian se desfez de todas as suas  baquetas enquanto solava puxando uma a uma e jogando numa torrencial fixa. Assim ficando de mãos vazias.
       Podia ver que muitos ali não acreditam, como eu, mas sim,Brian cruzou a linha da audácia para tocar ,para um público, de agora sim 8 mil pessoas, um solo de bateria sem baquetas.Suas mãos vibraram ao encontrar a pele da bateria, surrou com golpes fortes os pratos, para tirar um som perfeito.Pele com pele seguiu o solo que faz todos vibrarem, a torrencial de foto foi eminente, olhos arregalados, palavrões, nada disso poderia ser diferente para expressar a tremenda façanha. Inesquecível.  Após o sensacional solo Brian chama Here I Go Again fazendo o público bater palmas e pular freneticamente no refrão. O set lista segue a linha, arrancando saltos e gritos, Flashes e expressões inesquecíveis para cada um ali presente, Whitesnake traz de volta com seus clássicos, momentos bons que foram marcados por muitas de suas músicas. Todos que curtimos Whitesnake a muitos anos temos  momentos com alguma ou várias músicas da banda. Algum momento, algum alguém. Seja como for, toda essa energia podia ser admirada na essência de cada um.Podia ver isso nos olhos dos senhores, das senhoras e dos jovens também. Com o papel cumprido, a banda se despede e isso era só o começo... 


Set list de Whitesnake:
         My Generation 
       (The Who song)
  1. Best Years 
  2. Give Me All Your Love 
  3. Love Ain’t No Stranger 
  4. Is This Love 
  5. Steal Your Heart Away 
  6. Forevermore 
  7. Guitar Duel 
  8. Love Will Set You Free 
  9. Drum Solo 
  10. Here I Go Again 
  11. Still Of The Night 
  12. Soldier of Fortune 
(Deep Purple cover) (Capella)
  1. Burn / Stormbringer 
(Deep Purple cover)
 

 
  22:30
         A movimentação da equipe do outro lado era intensa, mesmo despercebida pelo público que cantava Shot Me trill do AC/DC que vinha das caixas, notava-se uma preocupação da equipe no palco, em deixar tudo perfeito para o  gigante Judas Priest.
          Serviço quase completo, poucos Riffs lá atrás e logo AC/DC dá lugar ao Metallica seguido de Black Sabbath.   Rapid Fire vem alta quando o pano escrito Epitaph cai revelando um palco sensacional.A galera pula, e a energia agora é outra, Rob Halford entra em cena para fazer a galera pirar.Gritos, pulos, horns, o ar era repleto de Heavy Metal.Welcome to British Steel é o recado de Judas Priest  ao seu público.  Guitarras marcantes, me sentia em um paralelo de um mundo Ciberpunk, algo inexplicável.A voz de Rob Halford sobrepujou por sobre o Ginásio como se um titã gritasse se alimentando da energia emanada por seus fãs. Os  riffs poderosos de Metal Gods fazem o publico entender o recado, o palco entra em chamas, pude sentir o calor em mim, o fogo lavara a alma, trazendo mais calor  ao público já em chamas.O Palco estava repleto de correntes, canhões de chamas, fumaça e lasers fazem um cenário perfeito para o titã que ali se fazia presente.Rob Halford sua primeira troca de roupa, tirando sua capa preta de vinil e cravos de metal por uma jaqueta jeans banhada de rebitiz. Em  Headging out to the Highway outra troca, o Jeans da lugar a uma capa com babados que escorrem pelos braços de Halford. Em Judas Rising outra troca de roupa e o público canta com ele.Daqui para frente o arsenal de capas, sobretudo e jaqueta é posto em ação e a cada musica Halford muda seu estilo.
          Rob mostra que diferente de Coverdale sua voz ainda impões o peso de antes, executou  com clareza e com beleza as músicas que consagraram Judas Priest um dos maiores gigantes do Heavy Metal na história da música.
              A fumaça colhe os riffs no alto do palco e são mostrados pelos lasers coloridos que partem, em várias dimensões o ginásio. Prophecy vem a com original peso de um som do Olimpo Metálico como clássico deve ser escutado. A cada música de algum álbum diferente o palco mudava seu fundo, hora dando lugar a um video, ou a capa do álbum ao qual pertence à música executada. NigthCrawler vem arrancando  o publico do chão, fazendo a multidão gritar  e deixando Nilson Nelson do tamanho de um ovo. Os gritos de Halford faz me lembrar das primeiras vezes que ouvi Judas Priest, era diferente de tudo que eu já tinha ouvido. Ali pais e filhos batiam cabeça juntos, um espetáculo grandioso. O Show segue com o real peso  de um gigante,  Riffs incendiavam a galera e logo todos vibram com as Riffs de Breacking the Law. O clássico extraiu toda energia da multidão que salta e canta junto com Halford, completado por um solo de Bateria que puxa  Painkiller para o delírio da galera. Muitos ali tiveram a certeza de que no palco estava um deus do heavy metal, Judas . O sete list segue enérgico e pulsante com os efeitos do palco e o bom animo de Rob Halford.
          O bis segue trazendo The Hellion e então Eletic eye Halford sai do palco, como de costume, e naquele momento pensei que ele trocaria de roupa, mas o ginásio foi coberto pelo ronco de um potente motor, na beirada do palco, Halford adentra com sua Harley Davidson, o ronco do motor ecoava forte em todo ginásio, Halford atravessa o palco fazendo a moto gritar, mas assim que parou do outro lado e tentou estacionar a moto, os apoios recuaram, e a moto cai por sobre Rob Halford que precisou da ajuda de 3 assistentes para tirar a moto de cima da sua perna. Depois do tremendo susto, quando todos viram que ele estava bem, receberam a música com gritos e palmas, Ralfor cantou sentado na moto.
         You’ve got Another Thing Comin’  e  Living After Midnight vieram carregadas de emoções, Halford veste-se com a Bandeira do Brasil e agradece a presença de todos.
A multidão estava enlouquecida, os mais enérgicos completamente suados, os mais quietos completamente fascinados.
          A banda se despede do público deixando na memória de todos um dos maiores espetáculos de Heavy Metal que a Capital Federal recebeu.


Alesson Lasombra para Metal Planaltina


Nota: Antes do Show do Whitesnake tive o prazer de encontrar um dois maiores comediantes do Brasil.
Um artista declarado Metaleiro que por anos vem trazendo sorrisos e alegrias para quem prestigia os espetáculos do grupo de teatro Os Melhores do Mundo aqui em Brasília e pelo Brasil a fora. Foi uma conversa rápida e extremamente agradável.
Quem sabe lá na frente a Metal Planaltina não tenta uma entrevista com ele
Welder Rodrigues.
@WelderMM


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