domingo, 19 de junho de 2011

Slash: "Eu sei o quanto Axl me odeia", diz guitarrista

Em uma sessão de "Perguntas e Respostas" com Slash, publicada no The New York Post em abril de 2010, o ex-guitarrista do GUNS N' ROSES fala sobre tocar com Fergie, conhecer a "insuportável" Cher e porquê uma reunião com Axl é duvidosa.
Considerando o desastre que Axl Rose se tornou, é difícil de acreditar que Slash esteve numa banda com ele mesmo por um minuto. O temperamento suave de Slash é quase tão igual em nível ao de turbulência pessoal de Axl. E ainda assim Slash, que criou alguns dos maiores riffs e solos da era rock (“November Rain”, “Sweet Child O' Mine”, “Welcome to the Jungle”, etc.) deu azar não uma, mas duas vezes no departamento de vocalistas destemperados ao criar o VELVET REVOLVER com o cantor Scott Weiland.
O modelo para óculos Ray Ban e cartolas falou com o The Post:
Uma vez que sua mãe [Ola Hudson] era estilista para músicos e seu pai [Anthony Hudson] criava capas para discos, você conhecia astros do rock na infância?
"Sim. Muita excentricidade de pop stars – muitas vontades e necessidades e ilusões de grandeza. Joni Mitchell era provavelmente minha favorita. Ela era simplesmente uma pessoa muito profunda e cheia de alma. Mas, por outro lado, havia Cher, que era insuportável. Ela tinha muita pose. Minha mãe tinha uma loja, e ela entrava nela e era exigente e rude".
Quando Axl finalmente lançou “Chinese Democracy” em 2008, o que você achou?
"Era o disco perfeito de Axl – exatamente o que eu teria esperado dos anos finais trabalhando juntos, e vendo pra onde ele estava indo musicalmente. É bem pesado; meio que um disco sombrio, deprimente. Ele é fodidamente fenomenal".
Mas vocês dois não tem se falado em anos, você estaria aberto a conversar de novo?
"Eu sou mais ressabiado porque eu sei o quão veementemente ele me odeia. Então isso meio que me faz questionar isso. Mas se nos encontrássemos e toda aquela animosidade passasse por um segundo, daí eu tenho certeza que poderíamos ter uma conversa interessante".
Axl Rose e Scott Weiland são grandes vocalistas, mas não tão estáveis. É por isso que você trabalhou com tantos convidados em seu novo disco?
"Agora você está entrando no aspecto psicológico mais profundo disso, o que eu realmente não tinha levado em consideração. Talvez algumas horas no divã me façam responder a essa pergunta! Eu acho que a coisa toda foi apenas inspirada por grandes vocalistas com os quais eu queria trabalhar. Eu não pensei sobre outros aspectos disso. Mas o lance legal que surgiu disso foi que ganhei um respeito inteiramente novo por cantores, e mudou minha postura em relação a eles dado os últimos sujeitos com os quais trabalhei. Essas pessoas foram todas fabulosamente graciosas e profissionais. Eu tenho feito tanto trabalho de sessões de estúdio onde eu escrevo ou toco com alguém, e é um sentimento de vazio quando você acaba porque eles somem com o material – é como ser uma barriga de aluguel. Então dessa vez, eu chamei essas pessoas pra tocarem no meu disco".
Aquela faixa “Beautiful Dangerous” é bem hard rock pra Fergie!
"De fato. Mas eis o lance com a Fergie: Eu a encontrei no [casa noturna] Avalon em Los Angeles quatros anos atrás. A gente fez um pout pourri de rock, e ela cantou 'Black Dog', 'Live and Let Die' e 'Barracuda' do jeito dela. Eu não ouço mais grandes vocalistas mulheres de rock como ela. Foi do caralho. Ela na verdade é mais uma cantora de rock do que de pop; eu acho que até Will [will.i.am dos Black Eyes Peas] sabe disso".
Na terça, Slash lança seu primeiro disco solo – intitulado simplesmente “Slash” com uma vasta gama de vocalistas convidados que inclui Ozzy Osbourne, Fergie, Adam Levine, Chris Cornell, Iggy Pop e outros.
Fonte desta matéria (em inglês): The New York Post

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